Andréa
Margon
São
necessários investimentos no setor de transporte para atender a crescente
demanda do comércio exterior. Parece mais uma capítulo da novala Falta de Logística
e, há anos, nada se faz para reverter o
quadro. Essa constatação, antiga, é tese do Plano Nacional de Logística de
Transporte (PNLT), conforme informou Marcelo Perrupato, secretário de Política
Nacional de Transportes, do Ministério dos Transportes.
Em
sua apresentação dia 28 de maio, em Vitória, no Seminário de Logística, ele
falou sobre a necessidade de o sistema de transportes brasileiro se adequar a
duas vertentes: à logística do agronegócio e mineração e à logística das atividades
urbanas.
Outro
dado apresentado é o de que a movimentação de contêineres tende a crescer
consideravelmente, embora exista quem defenda o contrário, como o ES em Ação.
Perrupato explicou as
duas vertentes:
1
– Logística do agronegócio e mineração: disseminado no hiterland brasileiro, com modais de alta capacidade, sejam
ferroviários ou aquaviários, no acesso a mercados internos e portos de
exportação, que requerem áreas específicas de terminais. A logística do
segmento de muneração já detém sistemas ferroviários eficientes de acesso a
mercados e exportações, exigindo adequações ou ampliações nas novas áreas de
produção.
2
– Logística das atividades urbanas: com modais rodoviários de grande capacidade
nos entornos urbanos, cuja movimentação de acesso a mercados internos e
exportações não conflite com a da indústria e do agronegócio por meio de anéis
e contornos rodo-ferroviários nos principais centros, que separem estes
distintos fluxos, assim como acessos rápidos a portos e terminais.
Portos
No
setor portuário, o PNLT selecionou 18 portos em todo o país. Irão receber
investimentos Manaus, Santarém, Vila do Conde, Itaquí, Pecém, Fortaleza, Suape,
Salvador, Aratu, Ilhéus, Vitória, Rio de Janeiro, Itaguaí, Santos, Paranaguá, São
Francisco, Itajaí e Rio Grande.
A tendência de crescimento, conforme
estudos do PNLT para o Porto de Vitória, se dirige para contêineres, ferro gusa,
minério de cobre e malte/cevada. Mas, os conflitos com a cidade, ainda,
persistem – crescimento limitado e congestionamento rodoviário. Perrupato
relembrou os investimentos previstos – dragagem de aprofundamento, estudos e projetos
para implantação do porto de águas profundas, pátio de estocagem para carga
pesada no cais comercial, construção de berços nos dolfins do Atalaia com
retroárea e recuperação,alargamento e ampliação do cais comercial.
As
projeções para o futuro do Complexo Portuário do Espírito Santo são animadoras.
Os estudos do PNLT apontam para crescimento, significativo, para contêineres,
mármore/granito, fertilizantes, dentre outros. Os números apontam que, em 2030
o volume movimentado chegue a cerca de R$ 16 bilhões, contra os cerca de R$ 6
bilhões registrados em 2010.
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