terça-feira, 5 de junho de 2012

Mais um capítulo da novela Falta de Logística


Andréa Margon

São necessários investimentos no setor de transporte para atender a crescente demanda do comércio exterior. Parece mais uma capítulo da novala Falta de Logística  e, há anos, nada se faz para reverter o quadro. Essa constatação, antiga, é tese do Plano Nacional de Logística de Transporte (PNLT), conforme informou Marcelo Perrupato, secretário de Política Nacional de Transportes, do Ministério dos Transportes.


Em sua apresentação dia 28 de maio, em Vitória, no Seminário de Logística, ele falou sobre a necessidade de o sistema de transportes brasileiro se adequar a duas vertentes: à logística do agronegócio e mineração e à logística das atividades urbanas.

Outro dado apresentado é o de que a movimentação de contêineres tende a crescer consideravelmente, embora exista quem defenda o contrário, como o ES em Ação.

Perrupato explicou as duas vertentes:

1 – Logística do agronegócio e mineração: disseminado no hiterland brasileiro, com modais de alta capacidade, sejam ferroviários ou aquaviários, no acesso a mercados internos e portos de exportação, que requerem áreas específicas de terminais. A logística do segmento de muneração já detém sistemas ferroviários eficientes de acesso a mercados e exportações, exigindo adequações ou ampliações nas novas áreas de produção.

2 – Logística das atividades urbanas: com modais rodoviários de grande capacidade nos entornos urbanos, cuja movimentação de acesso a mercados internos e exportações não conflite com a da indústria e do agronegócio por meio de anéis e contornos rodo-ferroviários nos principais centros, que separem estes distintos fluxos, assim como acessos rápidos a portos e terminais.

Portos

No setor portuário, o PNLT selecionou 18 portos em todo o país. Irão receber investimentos Manaus, Santarém, Vila do Conde, Itaquí, Pecém, Fortaleza, Suape, Salvador, Aratu, Ilhéus, Vitória, Rio de  Janeiro, Itaguaí, Santos, Paranaguá, São Francisco, Itajaí e Rio Grande.

A tendência de crescimento, conforme estudos do PNLT para o Porto de Vitória, se dirige para contêineres, ferro gusa, minério de cobre e malte/cevada. Mas, os conflitos com a cidade, ainda, persistem – crescimento limitado e congestionamento rodoviário. Perrupato relembrou os investimentos previstos – dragagem de aprofundamento, estudos e projetos para implantação do porto de águas profundas, pátio de estocagem para carga pesada no cais comercial, construção de berços nos dolfins do Atalaia com retroárea e recuperação,alargamento e ampliação do cais comercial.

As projeções para o futuro do Complexo Portuário do Espírito Santo são animadoras. Os estudos do PNLT apontam para crescimento, significativo, para contêineres, mármore/granito, fertilizantes, dentre outros. Os números apontam que, em 2030 o volume movimentado chegue a cerca de R$ 16 bilhões, contra os cerca de R$ 6 bilhões registrados em 2010.

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