Andréa Margon
A última revisão com alterações da NR 29 foi em 2006, através da
Port. nº 158, da Secretaria de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE). Agora, a Norma sofrerá mais alterações. Planeta Porto
entrevistou José Emílio Magro, médico auditor fiscal do trabalho.
Segundo ele, foram seis anos decorridos onde aconteceram reuniões
ordinárias e visitas da Comissão Permanente Nacional Portuária (CPNP), que
estuda propostas de inclusões e alterações de texto da NR 29, “conseguimos
consolidar algumas mudanças, que visam adequar a Norma às novas práticas,
complementar métodos, atualizar de acordo com legislação paralela, que serviram
de referência quando da elaboração do texto original”.
A aparente demora se deve ao fato de que “todas as mudanças,
consolidadas pela CPNP, são por consenso”. Segundo ele, não há votação, se esgota
o texto ao máximo, daí o tempo gasto para a tarefa. Uma vez terminada a
elaboração das alterações, as propostas foram submetidas à aprovação, dia 12 de
junho em Brasília, à Comissão Tripartite Paritária Permanente, que é constituída
por membros do Governo, das Confederações Patronais e das Centrais Sindicais dos Trabalhadores.
A aprovação foi unânime e o texto consolidado será, em breve, publicado
pela Secretaria de Inspeção do Trabalho (MTE/SIT) através de Portaria.
“Quanto ao texto preferimos aguardar a publicação no Diário
Oficial da União (DOU), mas podemos adiantar que, baseados nas visitas e
ocorrências nos portos, foram incluidos subitens referentes a guindastes sobre
trilhos (caso Vale queda de guindastes devido a fortes ventos ocorrido em
novembro de 2010); maior atenção à questão da utilização das moegas, nas
descargas de granel sólido; compatibilizamos questões referentes à CPATP e sua
assemelhada a CIPA, quanto a registro e atas; complementamos o texto sobre as
gaiolas de resgate de acidentados e alteramos; substancialmente, o texto
referente a cargas perigosas da Classe 7 material radioativo, este último
provocado e com participação direta de representante da Comissão Nacional de
Energia Nuclear (CNEN).
José Emílio Magro disse que, após a publicação do texto poderá detalhar
de forma mais adequada cada um dos itens e informa que a “CPNP continua o seu
trabalho, visando dar prosseguimento às novas demandas de alterações da NR 29,
ou seja, é uma tarefa de manter a Norma sempre alinhada à modernização do
trabalho nos portos do país”.
A CPNP é uma Comissão tripartite temática (CTT) constituída pelas
seguintes bancadas:
1 – Governo: MTE, Ministério dos Transportes, Ministério da
Defesa/Marinha do Brasil/Diretoria de Portos e Costas, Fundacentro, Secretaria
Especial de Portos (SEP) e, quando necessário, convidados;
2 – Patronal: confederação Nacional da Indústria (CNI), Confederação
Nacional do Comércio (CNC), CNF, Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e Confederação
Nacional dos Transportes (CNT).
Laboral: Federação Nacional dos Estivadores (FNE), Federação Nacional
dos Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga, Vigias Portuários,
Trabalhadores de Bloco, Arrumadores e Amarradores de Navios, nas Atividades
Portuárias (Fenccovib), Federação Nacional dos Portuários (FNP) e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes
Aquaviários e Aéreos, na Pesca e nos Porto (Conttmaf).
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