quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Gestão do ES será modelo para o país


Andréa Margon

As peculiaridades da gestão da mão de obra portuária no Espírito Santo foram apresentadas, na Secretaria Especial de Portos (SEP), dia 18. Essa foi mais uma etapa do plano de ações que os integrantes da Intersindical Portuária ES elaboraram para enfrentar o “pacote dos portos”, que está em desenvolvimento no Governo Central. O modelo capixaba servirá de base para implementação no restante do país. José Adilson Pereira, presidente da Intersindical, falou ao Planeta Porto sobre o encontro.



E por falar em “pacote” já se fala, nas esferas envolvidas na questão, que a presidente Dilma Rousseff não quer que o termo seja utilizado. Será que ela acha feio ou pejorativo? Bem, a expressão não importa o que importa é o conteúdo e o que ele vai representar para o setor portuário nacional.

Voltemos a falar do encontro na SEP. As três Federações representativas dos trabalhadores – Federação Nacional dos Portuários (FNP), Fencoovib e Federação Nacional dos Estivadores (FNE) –, estavam presentes. Mas, quem muito falou foi o presidente da Intersindical capixaba. José Adilson Pereira contou ao Planeta Porto que a ala dos trabalhadores pediu a Secretaria para participar dos debates, que estão acontecendo, sobre o “pacote dos portos” – Planeta Porto decidiu manter a expressão.

Durante a reunião, que teve início às 09h, foi relembrada a Convenção 137, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata da garantia de remuneração. Outro ponto foi à questão da atuação dos Portos Públicos no Brasil. “Nos colocamos a disposição para participar das discussões”.

Segundo José Adilson, os técnicos da Secretaria ficaram muito interessados no sistema de gestão da mão de obra portuária no estado e ficou definido que um grupo de trabalho será estruturado, para debater o tema. A ala dos trabalhadores pediu, ainda, a conclusão do Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP), no que se refere à mão de obra para que os maiores interessados – os trabalhadores – possam analisar.

Como o tema é vasto, os técnicos da SEP pediram um novo encontro, para o mesmo dia à tarde. Neste, o presidente da Intersindical Portuária ES repetiu a mesma apresentação que fez à ministra da Casa Civil da República, Gleisi Helena Hoffmann, no dia 05 de setembro. “Na reunião da tarde foi a apresentação da gestão da mão de obra e foi impactante no grupo de técnicos da SEP, que acompanhou a reunião”. Eles adiantaram, na ocasião, que a Secretaria Especial de Portos vai trabalhar, junto com a Intersindical, a implantação do modelo capixaba nos portos brasileiros. Para isso, irão conjuntamente eleger portos pilotos. “O contato com a SEP foi muito positivo e vai sair uma agenda de trabalho, com as Federações, sobre a mão de obra”.

Muito trabalho pela frente.

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