Andréa Margon
Estado de greve. Esta é a condição dos trabalhadores
portuários de todo o Brasil – avulsos e vinculados. A medida foi deliberada
pelas três federações (Fenccovig, FNP e FNE) recentemente, por conta do ”pacote
para os portos” que, ainda, não foi divulgado pelo Governo Central, mas já
sofre com especulações sobre seu conteúdo. Há quem afirme que o texto fala em
fim, progressivo, do trabalho portuário avulso no país, tal qual no exterior,
principalmente na Europa.
Mas, qual a similaridade entre Antuérpia, na Bélgica; Roterdã, na Holanda; e Hamburgo,
na Alemanha com o Brasil? Segundo Bernardo Figueiredo, presidente da Empresa de Planejamento e
Logística (EPL), mais um rebento, recém-nascido, do Governo Central o sistema
portuário brasileiro é diferente, mas não é muito distinto. É ou não é?
Figueiredo (me dá arrepios a
lembrança do passado) visitou esses portos e considera que são referências para
o Brasil. “Todos os
portos lá são operados pela iniciativa privada, mas é o poder público que os
organiza, gerencia e planeja. Não é um modelo muito distinto do nosso". É ou não é?
Mas,
enquanto o “pacote para os portos” não vem (lembrei do Seu Lobo) as
especulações correm a solta. Disse que viu e disse que leu andam de norte a sul
e um dado é unânime: a iniciativa privada é o regente da orquestra que pode – e
muito – mudar o destino dos portos públicos brasileiros.
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