A
logística de transporte não pode ser limitada a fronteiras. Há de se ter
integração entre estados. A afirmação é de Marcelo Perrupato, secretário de
Política Nacional de Transportes, do Ministério dos Transportes. Ele participou
do Seminário “Logística é
Solução – Desenvolvimento: os caminhos do Brasil passam pelos portos do ES”,
que aconteceu hoje (28), em Vitória.
Em se tratando de infraestrutura portuária no Espírito Santo,
Perrupato reconheceu sua deficiência e disse que “o sistema de transportes tem
que se adequar a logística do agronegócio, da mineração e das atividades
urbanas”. As duas últimas são fortes atividades executadas no Espírito Santo.
O secretário lembrou, inclusive, que o trabalho conjunto dos
Planos Nacionais de Políticas de Transporte e Portuário (PNLT e PNLP) estão na
reta final. Inclusive adiantou que retorna ao estado na primeira quinzena de
junho para apresentar o (PNLT).
A vocação de estado voltado para o comércio exterior foi admitida
por Marcelo Perrupato. Segundo ele, isso é “inquestinável” e que para não se
perder esse status é necessário
investimento no setor de infraestrutura e de criação de novos portos. E foi
nessa parte que ele apresentou a imagem do projeto do porto de águas profundas,
em Ponta de Tubarão (Vitória-ES), desenvolvido pelo Instituto Nacional de
Pesquisas Hidroviárias (INPH).
Presente ao evento, o prefeito de Vila Velha, Neucimar Fraga, questionou
a razão pela qual há tanta interferência de órgãos e pessoas ligadas ao meio
ambiente nos empreendimentos e comparou o complexo portuário capixaba com Suape
(PE). Segundo Perrupato, o complexo de Suape fez tal qual se faz na Europa, ou
seja, há planejamento e há, ainda, a consulta pública onde são apresentados os empreendimentos.
A ação busca esclarecer a população que se não houver empreendimento não haverá
emprego, geração de renda etc. No final, dá tudo certo e o projeto segue.
Mas, não é só de criação e melhoramentos de instalações
portuárias que se faz comércio exterior de qualidade. O secretário de Política Nacional de Transportes apontou
a necessidade de se interligar rodovias e ferrovias no contexto. O setor
aeroviário também faz parte do complexo.
Perrupato
classificou o aeroporto de Vitória como modesto. Segundo ele, dentro de pouco
tempo não haverá mais transporte de passageiros, por rodovias, em percursos
acima dos 100 km. Outra vertente aeroviária é a de transporte de mercadorias,
que vem crescendo, mas esbarra na pouca oferta. Ele defendeu Parcerias Púlbicas
Privadas (PPPs), nesse segmento, com a criação de aeroportos com
características de shopping, onde sua infraestrutura seria esguida e
administrada pela iniciativa privada e a administração aeroportuária pelo
Governo Federal, como é hoje. Assim, a manutenção financeira deixaria de vir
das tarifas.
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